segunda-feira, 17 de junho de 2013

CURSO MELHOR GESTÃO, MELHOR ENSINO




Justificativa: Uma Sequência Didática desafia o aluno a analisar e refletir sobre o sistema da linguagem escrita, visando ampliar ou transformar suas hipóteses iniciais, favorecendo assim o seu aprendizado de leitura e de escrita. O desenvolvimento da sequência didática a partir de um texto inclui uma série de ações indispensáveis ao propósito de ampliar os conhecimentos de leitor sobre o tema abordado. Nas atividades, além de os alunos precisarem colocar em jogo estratégias para compreender o que leem, também poderão apreciar o texto sob diferentes aspectos, onde terão a oportunidade de desenvolver seus comportamentos de leitores e de participar de diversas situações de leitura assumindo gradualmente, maior controle sobre a leitura e o registro das informações.

Objetivo: Interpretar textos de acordo com o tema e as características estruturais do gênero ao qual pertence. Inferir informações subjacentes aos conteúdos explicitados no texto. Realizar análise linguística, considerando sua importância na leitura e escrita do gênero “crônica”. Reconhecer os vários tipos de coesão que permitem a progressão discursiva do texto.

Público-alvo: 8ª série - 9º Ano

Tempo: 6 a 8 aulas


É UM EXERCÍCIO.

CONSOME 12 CALORIAS,

PÕE EM AÇÃO 29 MÚSCULOS,

ACELERA O CORAÇÃO DE 70 PARA 150 BATIDAS POR MINUTO.



beijo beijos borboletasbeijo beijos borboletas





            AGORA QUE VOCÊS SABEM QUEM É O AUTOR E QUE O TEXTO FALA SOBRE BEIJO , VAMOS FAZER A LEITURA DO TEXTO




MEU PRIMEIRO BEIJO

É dificil acreditar, mas meu primeiro beijo foi num ônibus, na volta da escola. E sabem com quem? Com o Cultura Inútil! Pode? Até que foi legal. Nem eu nem ele sabíamos exatamente o que era "o beijo". Só de filme. Estávamos virgens nesse assunto, e morrendo de medo. Mas aprendemos. E foi assim... Não sei se numa aula de Biologia ou de Química, o Culta tinha me mandado um dos seus milhares de bilhetinhos: " Você é a glicose do meu metabolismo. Te amo muito! Paracelso" E assinou com uma letrinha miúda: Paracelso. Paracelso era outro apelido dele. Assinou com letrinha tão minúscula que quase tive dó, tive pena, instinto maternal, coisas de mulher...E também não sei por que: resolvi dar uma chance pra ele, mesmo sem saber que tipo de lance ia rolar. No dia seguinte, depois do inglês, pediu pra me acompanhar até em casa. No ônibus, veio com o seguinte papo: - Um beijo pode deixar a gente exausto, sabia? - Fiz cara de desentendida. Mas ele continuou: - Dependendo do beijo, a gente põe em ação 29 músculos, consome cerca de 12 calorias e acelera o coração de 70 para 150 batidas por minuto. - Aí ele tomou coragem e pegou na minha mão. Mas continuou salivando seus perdigotos: - A gente também gasta, na saliva, nada menos que 9 mg de água; 0,7 mg de albumina; 0,18 g de substâncias orgânica; 0,711 mg de matérias graxas; 0,45 mg de sais e pelo menos 250 bactérias... Aí o bactéria falante aproximou o rosto do meu e, tremendo, tirou seus óculos, tirou os meus, e ficamos nos olhando, de pertinho. O bastante para que eu descobrisse que, sem os óculos, seus olhos eram bonitos e expressivos, azuis e brilhantes. E achei gostoso aquele calorzinho que envolvia o corpo da gente. Ele beijou a pontinha do meu nariz, fechei os olhos e senti sua respiração ofegante. Seus lábios tocaram os meus. Primeiro de leve, depois com mais força, e então nos abraçamos de bocas coladas, por alguns segundos. E de reperente o ônibus já havia chegado no ponto final e já tínhamos transposto , juntos, o abismo do primeiro beijo. Desci, cheguei em casa, nos beijamos de novo no portão do prédio, e aí ficamos apaixonados por vária semanas. Até que o mundo rolou, as luas vieram e voltaram, o tempo se esqueceu do tempo, as contas de telefone aumentaram, depois diminuíram...e foi ficando nisso. Normal. Que nem meu primeiro beijo. Mas foi inesquecível! BARRETO, Antonio. Meu primeiro beijo.Balada do primeiro amor. São Paulo: FTD, 1977. p. 134-6.

beijo beijos beijando beijar beijinhos selinho
                                                                                                        













 


             
     


                            
                             
       
        
                                        1-         RELATE SEU PRIMEIRO BEIJO  

                                                                    
2 - O NARRADOR PARTICIPA DA HISTÓRIA? COMPROVE COPIANDO A PARTE DO TEXTO.

3 - QUAL PARECE SER A IMPRESSÃO DA NARRADORA SOBRE O RAPAZ NESTA FRASE DO PRIMEIRO  PARÁGRAFO “CULTURA INÚTIL ? PODE?ATÉ QUE FOI LEGAL.” ELA MUDA DE IDÉIA? EM QUE PARÁGRAFO ISSO OCORRE? EXPLIQUE COM PALAVRAS DO TEXTO.

4 - O QUE A PERSONAGEM QUIS DIZER COM A FRASE “FIZ CARA DE DESENTENDIDA.”

5 - QUEM SÃO OS PERSONAGENS, ONDE E QUANDO OCORREU A HISTÓRIA?

6 - VAMOS PRODUZIR UM TEXTO?

7 - A PARTIR DE TODOS ESTES DADOS ESCREVA UM CONTO SOBRE O SEU PRIMEIRO BEIJO

 
beijo beijos borboletasbeijo beijos borboletasbeijo beijos borboletas
















domingo, 16 de junho de 2013



SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2


SEQUÊNCIA DIDÁTICA



Público-alvo: 8ª série - 9º Ano

Tempo: 6 a 8 aulas


        TEXTO:     PAUSA
                                                                                 (de MOACY SCLIAR)


1-.ANTES DA LEITURA

ESTRATÉGIAS DE LEITURA

Antecipação, levantamento de hipóteses e inferências.

HABILIDADES

Levantamento do conhecimento prévio sobre o assunto;
Expectativas em função do suporte e da capa.

ATIVIDADES

      a) Ao observar a capa do portador do qual foi extraído o conto PAUSA, levante hipóteses/sugestões sobre a mesma.


a)      O que o título do texto sugere?
b)      Qual o significado da palavra PAUSA para você?
c)      Você já ouviu falar sobre o autor da obra? Comente.

1.      DURANTE A LEITURA

ESTRATÉGIAS DE LEITURA

   -  O texto será dividido em quatro partes e a leitura será feita pausadamente e em voz alta pelo professor.

HABILIDADES

 - Construção do sentido global do texto; -Localização ou construção do tema;
           -  Identificação do leitor virtual a partir das pistas linguísticas;
         -  Busca de informações complementares em textos de apoio subordinados ao texto    principal ou por meio de      consulta a enciclopédias, internet e outras fontes;
          - Esclarecimentos de palavras desconhecidas a partir de inferências ou de consulta a dicionário;
          - Identificar referências a outros textos, buscando informações adicionais se necessário;

          - Identificar os tipos de discurso presentes no texto
.
                                                  PRIMEIRA PARTE DO TEXTO

Às sete horas o despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para o banheiro, fez a barba e lavou-se. Vestiu-se rapidamente e sem ruído. Estava na cozinha, preparando sanduíches, quando a mulher apareceu, bocejando:
— Vais sair de novo, Samuel?
Fez que sim com a cabeça. Embora jovem, tinha a fronte calva; mas as sobrancelhas eram espessas, a barba, embora recém-feita, deixava ainda no rosto uma sombra azulada. O conjunto era uma máscara escura.
— Todos os domingos tu sais cedo — observou a mulher com azedume na voz.
— Temos muito trabalho no escritório — disse o marido, secamente.
Ela olhou os sanduíches:
— Por que não vens almoçar?
— Já te disse; muito trabalho. Não há tempo. Levo um lanche.
A mulher coçava a axila esquerda. Antes que voltasse à carga. Samuel pegou o chapéu:
— Volto de noite.

   I  -   ATIVIDADES

a.       Após a leitura do 1º e do 2º parágrafos, o que você pode inferir sobre o tema do texto?
b.      O que você entende sobre a expressão “Vais sair de novo”? Ela é comum nos dias atuais?
c.   Podemos afirmar que os nove primeiros parágrafos fazem parte da introdução do conto. Justifique.
d.      Que tipo de discurso predomina na 1ª parte do texto?
e.      Qual é o foco narrativo?

f.       Como você entende a expressão “máscara escura”?
g.     O que é plágio? Você sabia que o autor do livro que inspirou o filme “As Aventuras de Pi” está sendo acusado de plagiar o livro de Moacyr Scliar “Max e os Felinos”?


                                           SEGUNDA PARTE DO TEXTO
As ruas ainda estavam úmidas de cerração. Samuel tirou o carro da garagem. Guiava vagarosamente; ao longo do cais, olhando os guindastes, as barcaças atracadas. Estacionou o carro numa travessa quieta. Como pacote de sanduíches debaixo do braço, caminhou apressadamente duas quadras. Deteve-se ao chegar a um hotel pequeno e sujo.
Olhou para os lados e entrou furtivamente. Bateu com as chaves do carro no balcão, acordando um homenzinho que dormia sentado numa poltrona rasgada. Era o gerente. Esfregando os olhos, pôs-se de pé:
- Ah! seu Isidoro! Chegou mais cedo hoje. Friozinho bom este, não é? A gente...
- Estou com pressa, seu Raul - atalhou Samuel.
- Está bem, não vou atrapalhar. O de sempre. - Estendeu a chave.
Samuel subiu quatro lanços de uma escada vacilante. Ao chegar ao último andar, duas mulheres gordas, de chambre floreado, olharam-no com curiosidade:
- Aqui, meu bem! - uma gritou, e riu; um cacarejo curto.


   II  -   ATIVIDADES

a) Além do discurso direto, há também o indireto. Localize um exemplo no texto.                                                          b) O que você      acha que a personagem principal foi fazer no hotel? Justifique.
c) A queclasse social pertence o protagonista do texto? Justifique com palavras do texto     “- Ah! seu Isidoro!
d) Chegou mais cedo hoje. Friozinho bom este, não é? A gente...”, o que sugere o  emprego das reticências nessa frase

                                               TERCEIRA PARTE DO TEXTO
Ofegante, Samuel entrou no quarto e fechou a porta à chave. Era um aposento pequeno: uma cama de casal, um guarda-roupa de pinho; a um canto, uma bacia cheia d'água, sobre um tripé. Samuel correu as cortinas esfarrapadas, tirou do bolso um despertador de viagem, deu corda e colocou-o na mesinha de cabeceira.
Puxou a colcha e examinou os lençóis com o cenho franzido; com um suspiro, tirou o casaco e os sapatos, afrouxou a gravata.
Sentado na cama, comeu vorazmente quatro sanduíches. Limpou os dedos no papel de embrulho, deitou-se e fechou os olhos.
Dormir.
Em pouco, dormia. Lá embaixo, a cidade começava a mover-se: os automóveis buzinando, os jornaleiros gritando, os sons longínquos.
Um raio de sol filtrou-se pela cortina, estampou um círculo luminoso no chão carcomido.
Samuel dormia; sonhava. Nu, corria por uma planície imensa. Perseguido por um índio montado a cavalo. No quarto abafado ressoava o galope. No planalto da testa, nas colinas do ventre, no vale entre as pernas, corriam. Samuel mexia-se e resmungava. Às duas e meia da tarde sentiu uma dor lancinante nas costas. Sentou-se na cama, os olhos esbugalhados; índio acabara de trespassá-lo com a lança. Esvaindo-se em sangue, molhando de suor, Samuel tombou lentamente; ouviu o apito soturno de um vapor. Depois, silêncio.


     III   -   ATIVIDADES

  a        - Em qual tempo verbal estão empregados os verbos: “fechou”, “examinou”, “filtrou-se”, “sentiu”?
  b      -  Explique o sonho de Samuel?
  c       - Qual a relação do sonho de Samuel com o título do texto?
  
                                                  QUARTA PARTE DO TEXTO
Às sete horas o despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para a bacia, lavou-se. Vestiu-se rapidamente e saiu. Sentado numa poltrona, o gerente lia uma revista.
- Já vai, seu Isidoro?
 - Já - disse Samuel, entregando a chave. Pagou, conferiu o troco em silêncio.
- Até domingo que vem seu Isidoro - disse o gerente.
- Não sei se virei - respondeu Samuel, olhando pela porta; anoite caía.
- O senhor diz isto, mas volta sempre - observou o homem, rindo.
Samuel saiu. Ao longo do cais, guiava lentamente. Parou um instante,  ficou olhando os guindastes recortados


    IV  -  ATIVIDADES  


         a)  Quanto tempo parece ter durado a narrativa do conto? Justifique. b)  Como podemos interpretar a rotina do personagem principal aos domingos?                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            
          b) Quem é Isidoro?       
          c) Na frase: “Vestiu-se rapidamente e saiu.”, a qual classe gramatical pertence a palavra destacada?
          d)  “- O senhor diz isto, mas volta sempre”, por que a necessidade dessas idas ao hotel às escondidas da mulher?

  1.      DEPOIS DA LEITURA

       HABILIDADES

          -   Construção da síntese semântica do texto;
         -    Utilização, em função da finalidade da leitura, do registro escrito para melhor compreensão;
          -   Avaliação crítica do texto.

  2.   ATIVIDADES

     a) Suas hipóteses com relação ao tema do texto foram confirmadas?
     b) A qual gênero textual pertence o texto lido? Apresente três características que justifiquem sua resposta
     c)   O que é intertextualidade? Você consegue perceber a intertextualidade entre o vídeo “circuito fechado” e o texto “Pausa”? Comente.






CIRCUITO FECHADO - RICARDO RAMOS

   Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, gravata, paletó carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço, relógio, maço de cigarros, caixa de fósforos. Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e pires, prato, bule, talheres, guardanapo. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, papéis, telefone, agenda, copo com lápis, canetas, bloco de notas, espátula, pastas, caixas de entrada, de saída, vaso com plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara pequena. Cigarro e fósforo. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos, bilhetes, telefone, papéis. Relógio. Mesa, cavalete, cinzeiros, cadeiras, esboços de anúncios, fotos, cigarro, fósforo, bloco de papel, caneta, projetor de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadro-negro, giz, papel. Mictório, pia, água. Táxi. Mesa, toalha, cadeiras, copos, pratos, talheres, garrafa, guardanapo, xícara. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Escova de dentes, pasta, água. Mesa e poltrona, papéis, telefone, revista, copo de papel, cigarro, fósforo, telefone interno, externo, papéis, prova de anúncio, caneta e papel, relógio, papel, pasta, cigarro, fósforo, papel e caneta, telefone, caneta e papel, telefone, papéis, folheto, xícara, jornal, cigarro, fósforo, papel e caneta. Carro. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Paletó, gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesa, cadeiras, pratos, talheres, copos, guardanapos. Xícaras. Cigarro e fósforo. Poltrona, livro. Cigarro e fósforo. Televisor, poltrona. Cigarro e fósforo. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, chinelos. Vaso, descarga, pia, água, escova, creme dental, espuma, água. Chinelos. Coberta, cama, travesseiro.

   d)   No trecho: “Parou, um instante, ficou olhando os guindastes recortados contra o céu avermelhado...”. O que significa a expressão destacada?
   e)  Que relação existe entre a “máscara” da capa do livro com a “máscara” social do conto lido?
   f) Você percebe a intertextualidade entre a música “Cotidiano” e o texto lido? Você acha que é necessário quebrar a rotina para se ter uma vida mais saudável? Justifique.




   3.  PRODUÇÃO DE TEXTO 

      A partir do vídeo “Circuito Fechado” redija um conto em 1ª ou 3ª pessoa.





Referência Bibliográfica
- www.google.com.br - imagens
- www.youtube.com vídeos
- Currículo do Estado de São Paulo
- Caderno do professor - 9º ano








    Situação de Aprendizagem 3


    Texto "Avestruz"   -   Mario Prata

    Tempo: 6 a 8 aulas

    Público-alvo:  6ºANO

    Ativação de conhecimento de mundo

    Professor fará uma sondagem inicial, uma conversa com os alunos e descobrir o que eles sabem antes da leitura do texto:

    *Você tem algum animal de estimação?
    *Que animal?
    *Qualquer animal é adequado para ser de estimação? Porquê?


    Ativação de conhecimentos prévios;


    O professor deverá perguntar para a turma o que eles esperam de um texto que tem por título a palavra "Avestruz";
    Em seguida, questionar se conhecem ou já viram um avestruz;
    Conhece a expressão "fulano tem estômago de avestruz"? O que significa isto?
    Após essa conversa inicial, mostrar a imagem de um avestruz.






    Atividade extraclasse

    Os alunos deverão fazer uma pesquisa sobre avestruz:
    *Que tipo de animal é?
    *A que reino pertence?
    *Quais são seus hábitos alimentares?
    *Seu habitat?


    Leitura e análise do texto;


    Avestruz

    O filho de uma grande amiga pediu, de presente pelos seus dez anos, uma avestruz. Cismou, fazer o quê? Moram em um apartamento em Higienópolis, São Paulo. E ela me mandou um e-mail dizendo que a culpa era minha. Sim, porque foi aqui ao lado de casa, em Floripa, que o menino conheceu as avestruzes. Tem uma plantação, digo, criação deles. Aquilo impressionou o garoto.
    Culpado, fui até o local saber se eles vendiam filhotes de avestruzes. E se entregavam em domicílio.
    E fiquei a observar a ave. Se é que podemos chamar aquilo de ave. A avestruz foi erro da natureza, minha amiga. Na hora de criar a avestruz, Deus devia estar muito cansado e cometeu alguns erros. Deve ter criado primeiro o corpo, que se assemelha, em tamanho, a um boi. Sabe quanto pesa uma avestruz? Entre 100 e 160 quilos, fui logo avisando a minha amiga. E a altura pode chegar a quase três metros. 2,7 para ser mais exato.
    Mas eu estava falando da sua criação por Deus. Colocou um pescoço que não tem absolutamente nada a ver com o corpo. Não devia mais ter estoque de asas no paraíso, então colocou asas atrofiadas. Talvez até sabiamente para evitar que saíssem voando em bandos por aí assustando as demais aves normais.
    Outra coisa que faltou foram dedos para os pés. Colocou apenas dois dedos em cada pé. Sacanagem, Senhor!
    Depois olhou para sua obra e não sabia se era uma ave ou um camelo. Tanto é que, logo depois, Adão, dando os nomes a tudo que via pela frente, olhou para aquele ser meio abominável e disse: Struthio Camelus Australis. Que é o nome oficial da coisa. Acho que o struthio deve ser aquele pescoço fino em forma de salsicha.
    Pois um animal daquele tamanho deveria botar ovos proporcionais ao seu corpo. Outro erro. É grande, mas nem tanto. E me explicava o criador que elas vivem até os setenta anos e se reproduzem plenamente até os quarenta, entrando depois na menopausa, não têm, portanto, TPM. Uma avestruz com TPM é perigosíssima!
    Podem gerar de dez até trinta crias por ano, expliquei ao garoto, filho da minha amiga. Pois ele ficou mais animado ainda, imaginando aquele bando de avestruzes correndo pela sala do apartamento.
    Ele insiste, quer que eu leve uma avestruz para ele de avião, no domingo. Não sabia mais o que fazer.
    Foi quando descobri que elas comem o que encontram pela frente, inclusive pedaços de ferro e madeiras. Joguinhos eletrônicos, por exemplo. Máquina digital de fotografia, times inteiros de futebol de botão e, principalmente, chuteiras. E, se descuidar, um mouse de vez em quando cai bem.
    Parece que convenci o garoto. Me telefonou e disse que troca o avestruz por cinco gaivotas e um urubu.
    Pedi para a minha amiga levar o garoto num psicólogo. Afinal, tenho mais o que fazer do que ser gigolô de avestruz.
    Mario Prata.


    O professor lê o texto para os alunos, pausadamente, enfatizando as características do avestruz;
    Explicar as palavras que os alunos possam não conhecer para que todos entendam o texto globalmente;Depois da leitura;

    O professor questiona se seria possível ter um avestruz como animal de estimação;
    Elencar os motivos para ter ou não o avestruz de animal de estimação;
    Você acha que a palavra avestruz serve como inspiração para um poema ou uma música?
    Solicitar que elaborem uma síntese do que entenderam do texto ( registro no caderno ).Ficha de leitura;

    Título:
    Autor:
    Foco narrativo:
    Personagens:
    Conflito do texto:
    Tempo:
    Espaço:Leitura e análise de música;


    O professor usará a sala de multimídia onde apresentará o clip da música Ovo de avestruz de Saiddy Bamba;
    Os alunos deverão produzir uma paródia utilizando o texto Avestruz e o ritmo da música Ovo de avestruz.Conhecendo o autor.




    Letramento e capacidades de leitura para a cidadania

                               ROXANE ROJO


    "... a leitura é vista como um ato de se colocar em relação um discursos (textos) com outros discursos anteriores a ele, como possibilidades infinitas de réplica, gerando novos discursos/textos. O discurso/texto é visto como conjunto de sentidos e apreciações de valor das pessoas e coisas do mundo, dependentes do lugar social do autor e do leitor e da situação de interação entre eles - finalidades de leitura de da produção do texto, esfera social de comunicação em que o ato da leitura se dá."

    ROJO, Roxane. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania. In: Curso EaD/EFAP. Leitura e escrita em contexto digital– Programa Práticas de leitura e escrita na contemporaneidade. 2012.

domingo, 9 de junho de 2013

O que pensam algumas personalidades sobre leitura e escrita

  "A literatura é um processo de transformações  alquimicas. Eu mesmo sou o que sou pelos escritores que devorei . E escrevo na esperança de ser devorado"  ( Rubem Alves). 
    "Ninguém é capaz  de inventar uma vida a partir do nada. A vida é inventada a partir de uma combinatória de sonhos que já foram sonhados. A literatura é um meio de sonhar a própria liberdade" (Contardo Calligaris). 
    
"Ler é suspender a passagem do tempo para o leitor, os escritores passados se tornam presentes, os escritores presentes dialogam com o passado e anunciam o futuro" ( Marilena Chauí).

"Não consigo imaginar minha vida sem eles (livros), pois é deles que vem quase todas as minhas referências" ( Nina Horta).

"Adoro ler, e leio qualquer coisa que chegue as minhas mãos, de bula de remédio a dicionários" (Danuza Leão) .

Diante destes depoimentos e de tantos outros nosso mundo seria outro se parte da humanidade fosse formada por leitores.

 Como educadores nossa função é tornar o aluno protagonistas de sua própria estória e isso só irá acontecer se a leitura fizer parte da vida dele. Enquanto nossas crianças, jovens não se transformarem em leitores sempre iremos ouvir o que Fábio de Paula Xavier Marchioro (advogado, escritor, blogueiro) ouviu de um jovem "Para mim , ler não acrescenta nada, vou começar a ler tudo a partir do segundo ano, quando pretendo me preparar para prestar vestibular de medicina'. É triste? Muito. É culpa dele? Não. Como educadores temos culpa? Sim, mas estão equivocados aqueles que acham que a culpa é somente nossa. A culpa é de todos aqueles que são responsáveis e fazem parte deste processo.

Autora: Márcia Helena



  OS FANTÁSTICOS LIVROS VOADORES DO SR LESSMORE


Após um devastador furacão, o escritor Sr. Morris Lessmore se encontra desamparado e sem rumo, até que um livro aparece em sua vida. O curta metragem dá vida aos livros de uma biblioteca e explora temas como recuperação, superação e cuidado mútuo. Ele nos remete à clássicos como “O Mágico de Oz”, filmes mudos e antigos musicais da MGM. “Sr. Morris Lessmore”, de William Joyce e codiretor Brandon Oldenburg, ganhou diversos prêmios, incluindo o Oscar® de melhor curta metragem, em sua 84ª edição.